OI!!

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BONECA DE PANO


Esquecida num canto, Sou uma boneca de pano.
Faço parte agora, dos brinquedos descartados.
Num torvelinho de dor e de tristeza.
Vejo meus dias girando, girando como um pião
lançado ao chão.
Quantas vezes fui feliz com você.
Quando me acolhia em seus braços, e me embalava.
Brincando de mamãe e filhinha.
Eram tempos de sonhos...
Onde eu me sentia uma linda boneca.
Era como se eu tivesse alma, igualzinha à você!
Hoje estou aqui jogada, sou de panos e retalhos.
E meu coração que eu insisto que tenho um, está
em trapos, em farrapos.
Meu sofrer é tamanho, pois não vejo mais a luz
do dia, estou jogada dentro desta caixa.
Junto comigo prenderam meus sonhos, minhas fantasias.
Estou esquecida por todos, por você principalmente!
Fui substituída por uma linda boneca, com roupas
bonitas, charme e beleza.
Não sei até quando vou permanecer, neste lugar
medonho, e escuro.
Você não mais me visita.
O tempo se anda, eu não sei,
nada vejo aqui de dentro!
Mas ainda me resta a esperança, de você me doar pra
outra criança.
Ainda quero me sentir bonita outra vez.
Quero passear, entre os jardins floridos e perfumados.
Mesmo sendo uma boneca de pano,
Quero ser amada por alguém...!!!

SONHOS DE MENINA



Se eu pudesse prender dentro de mim, os sonhos e a magia.
Queria voltar a ser menina!
Menina sapeca, sempre de bem com à vida,
correndo na grama molhada, catando margaridas.
Se eu pudesse prender dentro de mim, os raios do sol.
Tingiria os cabelos das espigas de milho, com as cores do arco-íris.
Transformando-as nas mais lindas bonecas, como minha mãe fazia!
Se eu pudesse prender dentro de mim, as noites tranquilas.
Seguiria os faróis dos vaga-lumes, até capturá-los.
Colocaria-os dentro de um vidro, e quando tivesse uma boa quantidade
soltaria-os, achando que se transformavam nas estrelas do céu.
Ah! se eu pudesse fazer tudo isso, de novo acontecer!
Queria fechar meus olhos, adormecer, sonhar, e quando acordasse...
Queria ser menina outra vez!

PULA PULA NA PANELA (infantil)




Coloquei os grãos de milhos,
Dentro da caçarola.
Mas eles são tão travessos,
Logo começou a euforia.

Todos de roupinhas amarelas,
Um verdadeiro batalhão.
Rolavam pra lá e pra cá,
Na maior agitação.

Pula pula, na panela.
Pula pula, sem parar.
Está um calor danado,
Que não da mais pra parar.

De repente a caçarola,
Quietinha se tornou.
Ao destampar a panela,
Vejam só o que encontrei!

Os travessos milhinhos,
Agora estavam branquinhos.
Iguais pedacinhos de algodão
E nuvenzinhas no céu.

Com um cheirinho delicioso,
Logo foram descobertos.
E as crianças felizes,
Se juntaram na cozinha.
E num piscar de olhos,
As pipocas foram sumindo.

ERA UMA VEZ!



Abro o livro de estórias e, Era uma vez!...
O Gato de Botas
Sempre muito astuto, queria ganhar vantagem em tudo.
O Patinho Feio
O patinho feio coitadinho, se achava tão feio e insignificante,
sem saber que era na verdade, um lindo cisne.
A Branca de Neve
Perseguida pela madrasta má, acabou indo morar com os sete
anões na floresta. Um dia foi enganada por uma velhinha,
ganhou uma linda maçã, comeu e dormiu.
Mas o príncipe encantado veio em seu cavalo branco,
e deu-lhe o beijo do despertar.
Era uma vez!...
Hoje me recordo com saudades, duas meninas, as minhas menininhas.
Olhinhos atentos e brilhantes, sorriso nos lábios,
pulando e batendo palmas, quando acaba a estória!
Era uma vez!...
De sonho e inocência, que o tempo levou em suas asas voadoras.
Daquele tempo, só guardo comigo a doce recordação.
Ciranda Cirandinha, Atirei o Pau no Gato, o Sapo não Lava o Pé.
O som de suas vozes, são ecos de saudades no meu coração.
Bem mais precioso, que guardo comigo até hoje.
Era uma vez!...
De sonho, alegria, e fantasia que o tempo dissipou,
mas não roubou-me da lembrança!
Era uma vez!!...

O CAÇADOR DE PIPAS



Céu azul, vento forte.
Manipuladas por mãos hábeis, ganham vida e
sobem ao céu.
No doce balanço do vento estão.
Dezenas de pipas de formatos e cores vivas,
dando show de bailado no firmamento.
Da minha janela observo encantada!
A alegria dos meninos, que hora dão linha e
elas sobem tão alto!
Vão pertinho das nuvens até parece que são
os anjos, que estão puxando os fios invisíveis
pra brincarem também.
Suas danças são diferentes, umas calmas outras
sinuosas.
Outras brincam ao doce sabor do vento.
Dão piruetas, voos rasantes outras se enrolam nas
linhas daquelas que estão próximas e a brincadeira prossegue.
À espreita olhar atento, sempre há o caçador de
pipas, que pacientemente aguarda.
Quando uma tem sua linha cortada e começa cair
levada pelo vento pra bem longe.
Numa desabalada corrida, entra em ruas, becos e
vielas.
Seu tino aguçado, diz que esta no caminho certo.
Olha o céu e vê seu prêmio chegando.
Cansada de bailar, a bela pipa cai por terra
desfalecida.
E o caçador apanha seu troféu!
Feliz e sorridente, faz seu caminho de volta.
Olha o céu e sorri contente.
Daqui a pouco,
tudo do vai recomeçar outra vez!!

PÁSSARO FERIDO



Laranjeira carregada de flores.
Observada à distância é um lindo buquê de noiva.
Em meio as ramagens, no mais alto dos seus galhos.
Um pardalzinho, com seu peito ferido, cantava.
Seu canto soava como um doloroso lamento.
E quanto mais tentava cantar, mais fraco ia ficando.
Seu canto era de tristeza, era um canto de adeus.
Distante de sua amada, não tinha mais motivos pra viver.
Pois sabia que as forças lhe faltavam e que não resistiria.
Pois com seu peito ferido, em chaga aberta não sobreviveria,
sabia que ali mesmo morreria.
Então estufou o peito, pensou em sua doce amada.
E no espinho mais agudo que ali encontrou,
espetou seu coraçãozinho ferido.
E cantou... cantou como jamais em toda sua vida já havia cantado.
Queria que sua última melodia, chegasse até a sua amada em forma
de mensagem de amor.
A noite chegou e consigo trouxe um manto de estrelas, que cobriu
um débil pardalzinho ferido de dor de morte.
Quem por ali de manhã passou, quiçá nem percebeu.
Um pardalzinho morto, coberto de flores de laranjeira!

*Poema baseado na Lenda "O Rouxinol e a Rosa"

DOCE INFÂNCIA (infantil)


Doce tempo de se lembrar.
Era um tempo de alegria, de pura magia.
Era quando o medo do escuro vinha, mas se
abria a janela, pra luz da lua entrar.
Era o tempo que se acreditava em bicho papão,
que se escondia embaixo da cama e ninguém
enfrentava ele não!
Era o tempo das ingênuas fantasias,
onde se inventava os heróis e sempre tinha um
disposto a nos defender!

Doce Infância!

Melhor época da vida, onde tudo era magia,
onde tudo se transformava,
onde tudo podia acontecer!
O tempo passou como num sonho.
Onde andam meus heróis destemidos,
que me defendiam dos perigos.
Me tiravam o medo das ventanias,
me aconchegavam em seus braços.
Ninavam meus temores, cantavam comigo lindas cantigas
no meu quarto de dormir.
O tempo passou... Não há mais magia nem fantasia.
Meus heróis ficaram presos na minha infância,
deles só trago as mais belas lembranças.

A MENINA DO LIVRO (infantil)



Existe uma linda menina, que mora dentro de um livro,
quando quero falar com ela, basta-me o livro abrir.
Sempre a encontro sentada, no velho banco de pedra,
com seu vestido florido, seus cabeços com laços.
Quando estou com ela, fico a observar:
Tem uma casa com flores e telhado avermelhado,
as janelas e as portas pintadas de um tom mais claro.
Quando as portas se abrem, estão abertas pra rua.
Quando suas janelas se abrem, estão abertas pro mundo.
O jardim é bem cuidado, com zelo e muito carinho,
quem me diz são as próprias flores, nascidas naquele jardim.
As margaridas tão lindas se entrelaçam com as roseiras.
Enquanto as borboletas voam daqui pra li,
vejo o bater das asas, de um lindo colibri.
A brisa que sopra é tranquila, trás de longe os sonhos da menina
que fantasia a vida, como uma criança qualquer.
Mas ela mora dentro de um livro, de onde não pode sair.
As portas e janelas, só se abrem para rua e para o mundo,
quando abro o livro e começo a ler.
Não seja só uma menina, que mora dentro de um livro...
Abra as portas para a rua e as janelas para o mundo.
Viaje na cauda de um cometa, ou entre as nuvens do céu.
Seja herói, princesa, menino ou menina, mas nunca deixe de ser!
A leitura é sublime, nos leva pra onde quisermos.

BRINCANDO COM "ado" (infantil)




O Balão

O balão avermelhado
Com lista em dourado
Sobe com cuidado
Pra não ficar incontrolado

A paisagem é esverdeado
Com arvoredo plantado
Com colorido demasiado
De arco-íris enfeitado

O vento sopra agitado
Deixou de ser delicado
Pra ficar desaforado
Levando o balão amedrontado
A ficar desequilibrado
Balançando desgovernado

E o balão pobre coitado!
Todo tremulo e assustado
Olhando o terreno arribanceirado
Grita pro vento soprar mais equilibrado

Mas, o vento todo enfezado
Continua a soprar desnorteado
E o balão todo escangalhado
Vai caindo desgovernado
Sobre o arvoredo encorpado

O balão suspira aliviado
Pode até estar desmantelado
Mas, ainda dá pra ser consertado.
E pelo céu de anil, ainda vai ser admirado!

É PRECISO



Esperar é preciso, se quisermos alcançar.
Nada acontece de um segundo para outro.
É preciso esperar a noite cair, pra se enxergar as estrelas.
É preciso esperar o dia raiar, pra se ver o sol.
É preciso ter fé e acreditar, que tudo pode mudar.
É preciso a chuva cair, pra germinar as sementes.
É preciso o sol surgir, pra secar a terra encharcada.
É preciso o vento soprar, pra levar as nuvens passageiras.
É preciso esperar o grito sair da garganta, pra ecoar pelo ar.
É preciso amar sem igual, pra poder perdoar.
É preciso coragem, pra dizer adeus sem chorar.

O SOM MAIS BONITO


O som mais bonito, está ao nosso redor.
É quando nossa alma, se aquieta pra descansar.
É quando nossas mãos, se juntam pra agradecer.
É quando nossos lábios, faz uma muda oração.

O som mais bonito, é o som do silêncio.
É a água, banhando as pedras dos rios.
São as flores, se abrindo pra vida.
São nesgas de sol, rasgando as nuvens.
São fiapos de luz, iluminando a vida.

O som mais bonito, está na tarde que adormece.
Está no céu, se vestindo com véus.
Está nas estrelas, cintilando no céu.
Está no brilho intenso, da lua cheia.
Está nas nuvens, viajando pelo firmamento.

O som mais bonito vem do coração, 
doce melodia que inebria a alma.
É o som da vida, é o som do amor.
É a presença invisível de Deus.
É o som das folhas que caem delicadamente,
do vento que as levam em aspirais.

O som mais bonito, está na chuva caindo 
molhando a terra batida.
Está no voo ensaiado das gaivotas, voando no céu.
É no silêncio que se encontram as respostas.
É no silêncio de uma lágrima caindo,
que se sabe o seu valor.
É no silêncio de saudade, que se sabe o tamanho de uma dor.
É no silêncio de um grito abafado, que se encontra o eco do
que se foi feliz.

O som mais bonito, está no silenciar da saudade.
Está nas palavras, que não foram ditas.
Está na distancia, entre duas almas.
Está nas palavras que chegam com o vento,
quando são sussurradas por Deus!